quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Corpos Atléticos

Vivemos em tempos em que o corpo deve ser completamente magro, compacto, firme, enxuto, recheado por formas metrificadas, com musculatura definida, jovem e sem marcas. Para tanto, vale ser cortado, emendado, mudado, bombado, enxertado, siliconizado, transformado, disciplinado e educado, objetivando um corpo “perfeito” a ser exibido.
 As discussões ressaltando o interesse, a busca e os investimentos de homens e mulheres por um corpo bonito, magro, saudável e atlético, é uma questão que cotidianamente pode ser percebida através dos mais diferentes discursos presentes na sociedade, como por exemplo, revistas, jornais, programas de televisão, rádio, cinema, internet, academias, clubes, dentre outros.
Socialmente o corpo musculoso e tonificado confere não apenas atributos físicos, mas está associado ao cuidado intenso com o corpo, sucesso profissional e sentimental, símbolo de virilidade masculina e sinônimo de ostentação feminina. O cuidado com o corpo transformou-se numa ditadura do corpo, valendo se utilizar de todos os aparatos científicos e tecnológicos que o mercado dispõe para que, de fato, as pessoas possam se enquadrar no modelo dito ideal. Nesse sentido, na busca pela musculatura firme e definida, características que configuram a beleza do corpo atlético, o uso indevido de suplementos alimentares, medicamentos e anabolizantes, objetivando aumento e definição muscular em curto prazo reflete a maneira drástica como os homens vêm lidando com o próprio corpo, na promessa de possuir um corpo belo.

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